Chineses querem refinaria em 17 meses

Os chineses do grupo empreendedor Qingdao Xinyutian Chemical Co.,que assinou memorando com o Ceará para a implantação de refinaria no Estado, pretendem realizar o projeto em tempo recorde.
Pelo calendário dos chineses, seria possível transformar o sonho cearense, que se arrasta desde os anos 1970, em realidade em apenas 17 meses. Essa data começaria a contar a partir do momento da aprovação do projeto técnico do empreendimento pelo Banco de Desenvolvimento da China (CDB), prevista para novembro deste ano.
O secretário de Assuntos Internacionais do Estado, Antônio Balhmann, retornou este fim de semana de missão à China e Coreia do Sul, animado com os resultados das negociações.
Ele conta que a parte empresarial do projeto está pronta. Balhmann esteve com o presidente do grupo Qingdao, Wu Ruzhou, e com engenheiros responsáveis também pela implantação da maior refinaria da China, acertando os últimos detalhes. O projeto fechado com a Qingdao inclui ainda um polo petroquímico.
A planta de refino representaria um investimento de US$ 4 bilhões, dividido em trens de 150 mil barris e haveria ainda um terminal petroleiro para recepcionar os navios que abastecerão a planta. Com isso, o investimento saltaria para US$ 7,5 bilhões.
DEFINIÇÕES 1
ESTADO PARTICIPARÁ DO PROJETO
Balhmann conta que a Qingdao já foi registrada no Pecém e o Estado se comprometeu em participar do empreendimento. O valor a ser desembolsado pelo Ceará não foi fechado, mas o Estado entrará com o terreno e as infraestruturas internas necessárias. “Para o CDB, o peso institucional do governo era importante”, ressalta o secretário.
Na avaliação de Balhmann, a meta de construção da refinaria em 17 meses, estipulada pelos chineses, é bastante arrojada, até pela distância de onde virão os materiais para a implantação do empreendimento. Apesar disso, ele explica que o grupo tem experiência e já construiu projetos em 19 meses.
DEFINIÇÕES 2
PARCEIRO BRASILEIRO
A empresa brasileira BRCP (que representa no Brasil a CNPC, considerada a maior petroleira do planeta) também participará do projeto da refinaria. A companhia fará a seleção dos fornecedores de óleo e petróleo leve, que virão do Irã. Os sócios da BRCP, Ye Ming e Adriano Figueiredo, também estiveram nas últimas reuniões realizadas para o fechamento dos acordos.
Fonte: O Povo