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2019 foi um ano que nos ensinou muito, um ano muito intenso. Até o ano passado éramos a Cearáportos. Uma empresa que administrava exclusivamente o Porto do Pecém. Hoje somos mais que um terminal, somos o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

Uma joint venture formada com 70% de capital do Governo do Estado do Ceará e 30% do Porto de Roterdã nosso sócio nesse empreendimento que é um divisor de águas na economia do Ceará.

Existe um Ceará depois do Pecém. Não estamos falando meramente de um porto, mas de uma política de estado. O Pecém tem atravessado gestões e é hoje um dos principais polos de desenvolvimento do Ceará. Somos uma âncora da economia local, mas uma âncora em movimento.

Desde 2006 temos crescido em média 20% a cada ano. Estamos resistindo às intempéries da economia global. Anos atrás, por exemplo, o Ceará comprava energia de outros estados. Hoje, vendemos o excedente que é produzido pelas duas termelétricas instaladas aqui no Complexo.

Temos também um dos maiores investimentos privados já feitos na América Latina. A Companhia Siderúrgica do Pecém produz, em solo cearense, placas de aço que são enviadas para mais de vinte países. O mundo compra nosso aço, nossas pás eólicas, nossas frutas. E compra porque entregamos com mais rapidez as mercadorias aqui embarcadas.

Isso porque a localização do Porto do Pecém faz a diferença. É como diz o Governador Camilo Santana: “estamos na esquina do Atlântico’’. E estamos mesmo. Os números estão aí para comprovar. No mês de outubro batemos um recorde: 1.927.493 de toneladas movimentadas em um único mês. Nunca se movimentaram tantas cargas no Porto do Pecém como em outubro de 2019.

Todo esse resultado é explicado, principalmente, pelo trabalho desenvolvido pelos profissionais das empresas instaladas nos três pilares do Complexo do Pecém: área industrial, porto e ZPE a única Zona de Processamento de Exportação em funcionamento hoje no Brasil. Uma freezone que há mais de seis anos inspira o Brasil e que muito em breve será expandida com a ZPE II.

Isso é crescimento. Não à toa estamos também concluindo a segunda expansão do Porto do Pecém. Um investimento de R$ 1,3 bilhão do Governo do Estado, que vai nos dar um novo berço de atracação, uma nova ponte e um novo portão de acesso, que chamamos de Gate 2. Ou seja, estamos ampliando nossa capacidade operacional para movimentar ainda mais cargas.

No ano que vem o Porto do Pecém completará 18 anos de operação. Somos jovens ainda, mas já sabemos aonde queremos chegar, ou melhor, queremos ser o maior porto-indústria do Brasil até 2050.

 

Fonte: Jornal O Povo

Autor: 
Danilo Serpa – Presidente da Ceará Portos