Estudo sobre o Mercado de Trabalho no Entorno do CIPP é divulgado

Números do PIB dos municípios de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante evidenciam significativos avanços nos anos de 2010 a 2014. Enquanto a riqueza cearense avançou 12,3% ao ano, em São Gonçalo do Amarante, este foi de 30,8% a.a e, em Caucaia, 18% a.a. No triênio 2012/2014, o PIB de São Gonçalo do Amarante duplicou por dois anos seguidos, registrando a segunda maior renda per capita do Ceará, enquanto Caucaia se apresentava na quarta posição, com valores de R$ 32.389 e R$ 15.774, ambas acima da renda per capita do estado (R$ 14.255), em 2014.

Em consequência disso, entre os anos de 2010 a 2015, houve expansão do emprego formal na região, com geração média anual de 4,9 mil empregos formais, quando o número de vínculos ativos de emprego saltou de 49,0 mil para 73,5 mil, respectivamente, o que fortaleceu o processo de estruturação do mercado de trabalho do entorno do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS).

Em 2016, esse movimento foi atenuado em função das dispensas de trabalhadores decorrentes do término da construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e da retração da atividade econômica no estado e no País, posto que o número de trabalhadores demitidos na região (29,1 mil) superou o de admitidos (21,8 mil) em 7,3 mil pessoas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os mercados de trabalho de Caucaia e de São Gonçalo do Amarante responderam por 97,3% desse resultado.

Os dados são do estudo “O Mercado de Trabalho no Entorno do CIPP - Volume II: Dinâmica Recente”, divulgado hoje (25/10) pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), o Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), a Prefeitura de São Gonçalo do Amarante e a Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (AECIPP).
Impactos no mercado de trabalho
Em 2016, a taxa de desemprego regional cresceu, chegando a 16,1% da força de trabalho efetiva, o equivalente a 28 mil desempregados. Os maiores determinantes desse crescimento foram os efeitos demográficos (crescimento da população em idade ativa) e incrementos da taxa de participação (maior oferta de mão de obra), posto que o nível de ocupação mostrou relativa estabilidade. De fato, o incremento de 13 mil pessoas na condição de desempregados, em 2016, refletiu basicamente a inserção de 12 mil pessoas no mercado de trabalho (maior número de pessoas economicamente ativas).

Ademais, o estudo também revelou que o trabalho autônomo e o emprego doméstico registraram as maiores representações, desde 2014, e o grau de desigualdade de inserção no mercado de trabalho na região, como, por exemplo, por gênero, idade e escolaridade. O rendimento médio real do aglomerado Caucaia/S. G. Amarante foi estimado em R$ 1.154, em 2016, com perda acumulada de 13,2% em dois anos.
Confira aqui o Estudo completo.