Futuro da usina Porto do Pecém I é “uma incógnita”, diz EDP
16/03/2021

Com planos de investir R$ 10 bilhões em sua operação no Brasil até 2025, mas com foco de ter um portfólio 100% de geração renovável, o grupo português EDP (Energias de Portugal) ainda não sabe o que vai fazer com sua operação no Ceará: a termelétrica a carvão “Porto do Pecém I”, cujo prazo de concessão vai até julho de 2043. O atual contrato de venda de energia da usina vence em 2027.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o CEO global da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, afirmou que o Brasil continuará entre as principais plataformas do grupo nos próximos anos, mas que a meta é desligar as usinas a carvão até 2025.

“O importante é ter visibilidade do que vai acontecer com Pecém depois de 2027, quando termina o contrato de venda de energia. É uma incógnita que ainda temos nesse momento”, disse ao Valor.

Localizada no Complexo do Pecém, a usina, em operação desde 2012, tem 720,3 megawatts (MW) de capacidade instalada, o equivalente a 33% do potencial de geração térmica do Ceará (2.158 MW) e a 15,5% de toda potência instalada do Estado (4.650 MW).

Para se ter uma ideia, todo o parque eólico do Ceará, somado, conta hoje com 2.272 MW de potência instalada, segundo dados da Aneel.

De acordo com o CEO da EDP, o plano da empresa para a geração de “energia limpa” no Brasil está focado na geração solar. A intenção é aumentar em mais de 20 vezes o portfólio atual de usinas fotovoltaicas, saltando de cerca de 50 megawatts-pico (MWp) para 1 GWp.

 

Fonte: Focus.jor