Marcel Ribeiro deixa diretoria do IFCE Campus Avançado Pecém e assume pró-reitoria de Gestão de Pessoas no Instituto
02/03/2021

Após pouco mais de 4 anos e 3 meses à frente do IFCE Campus Avançado Pecém, Marcel Ribeiro deixa a diretoria da unidade, que passa a ser comandada pela professora Lívia Costa, para assumir a pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) do Instituto. Ao longo do período em dirigiu o campus, Marcel contribuiu sobremaneira para conquistas e avanços alcançados para as empresas e para as comunidades dos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante.

Mesmo em um cenário de muitas adversidades, o IFCE Pecém se desenvolveu significativamente nos últimos anos e foi responsável por transformar a vida de milhares de estudantes que viram no Instituto uma oportunidade de ascensão social. Ao todo, foram mais de 700 matrículas em cursos técnicos, e mais de 3.600 oportunidades em 5 cursos técnicos subsequentes e 55 cursos de qualificação profissional. Para Marcel, esse resultado é fruto da união de vários atores como docentes, técnicos-administrativos, terceirizados e parceiros das diversas empresas, que juntos vêm atuando para o crescimento da região.

“Nosso campus hoje é referência de articulação com o setor empresarial e com as comunidades onde estamos inseridos, graças a uma equipe de servidores extremamente qualificada e a um setor empresarial com espírito público e comprometido com o crescimento sustentável da região. Em nome destes, gostaria de também estender meu agradecimento ao Ricardo Parente, ao Ricardo Sabadia, e à toda a equipe da AECIPP, e, em nome destes, estender os agradecimentos a todos os parceiros do CIPP, por todo o apoio que sempre prestaram ao IFCE durante todo este período, e por também acreditarem no poder transformador que a educação possui nas pessoas”, reforça.

Confira abaixo entrevista com o agora ex-diretor do Campus Avançado Pecém, Marcelo Ribeiro.

 

Ao longo desse período, como você avalia a atuação do IFCE Campus Avançado Pecém junto às comunidades e também no que diz respeito ao relacionamento com as empresas do CIPP?

Logo após a cessão do prédio, o IFCE formalizou a parceria com a AECIPP, e desde então, vem trabalhando junto à Associação, buscando atender as demandas por qualificação profissional na região. Durante esse período, tivemos uma série de experimentos bastante exitosos e que, a meu ver, posicionaram o campus como referência em qualificação profissional articulada ao setor empresarial: Projetos com o Aproximar; o Estudo de Potencialidades que contou com a participação de todas as empresas do CIPP; o Fórum de RH e seus desdobramentos; os cursos cuja matriz curricular fora desenvolvida em parceria com as empresas, com especial destaque para o curso de Operador de Termelétricas - primeiro do norte-nordeste e que contou com a importante parceria com a ENEVA e a EDP; o curso de Inspetor de Qualidade, que foi criado para atender a uma demanda constante da Aeris por estes profissionais; o curso de Operador Industrial, criado em parceria com a equipe de RH da CSP; O programa Jovem Aprendiz, que foi pioneiramente implantado no campus Pecém e encaminhou estudantes para a Phoenix, Magnesita, Hydrosteck, VLI, entre outras; além de diversas outras, que beneficiaram direta e indiretamente tanto as comunidades do entorno, quanto as empresas que estão instaladas no CIPP. Hoje, o campus apresenta bons indicadores de empregabilidade de seus estudantes, e projeta-se perante a instituição como um dos campi com maior concorrência no processo seletivo.

Qual o principal legado que você deixa para o Campus Pecém?

Tenho certeza que o legado mais importante que temos desse trabalho é o de mostrar o quanto se pode fazer quando setor público e setor privado trabalham em conjunto pela sociedade. Ao mesmo tempo, mostramos para a sociedade que esta relação não só é possível, como é necessária para o desenvolvimento sustentável da região. Além disso, todos estes projetos que citei foram experiências exitosas, e de domínio público, que poderão ser replicadas por instituições de todo o país. É o caso por exemplo do curso de Operador de Termelétrica, que foi pioneiramente desenvolvido em nossa unidade, e que já está sendo replicado em outros estados.

 Como ficará a relação do Instituto com o CIPP e com a AECIPP com a sua saída da diretoria? Você deixa algum encaminhamento e/ou orientação para a nova diretoria?

A parceria com a AECIPP é sólida, e deverá não somente permanecer, mas ser fortalecida nos próximos anos. Há muito ainda para onde se avançar, mas com certeza, a atuação IFCE/AECIPP permanecerá crescente nos próximos anos. Penso que ações de pesquisa e inovação, especialmente vinculadas ao Polo de Inovação Embrapii do IFCE deverão ser potencializadas nos próximos anos, visto que há forte interesse da nova gestão da Reitoria do IFCE em se aproximar deste arranjo produtivo, visando a difusão desta experiência entre os demais campi do IFCE, e também atender a essa demanda reprimida por projetos de PD&I que podem ser desenvolvidos em parceria entre o IFCE e as empresas do CIPP.

No seu novo cargo como pró-reitor, você pretende continuar contribuindo de alguma forma com o IFCE Pecém?

Como comentei, o campus ainda tem muito a crescer. À frente da PROGEP, pretendo defender incondicionalmente o apoio institucional para que os potenciais de campi como o Pecém possam ser devidamente aproveitados pela rede. É necessário que se tenha um olhar diferenciado para os campi em processo de implantação, tanto no aspecto orçamentário, quanto no aspecto de pessoal. Além disso, a proximidade com outras instâncias do Ministério da Educação pode auxiliar no projeto de mudança da tipologia do campus, e consequentemente ampliar possibilidades de desenvolvimento da unidade.